Quando novos, aprendemos que amigos e família ficarão sempre ao nosso lado. Que namorados vêm e vão, que não podemos realmente contar com eles esperando que poderão sempre ajudar. Que animais de estimação são a melhor companhia e que amizade entre meninos e meninas simplesmente não existe.
Crescemos acreditando que antes dos 17 anos já devemos saber o que gostaríamos de fazer pelo resto da vida (aos 17 você já está ‘velho’ para ter dúvidas quanto a isso!). E que, aos 15, você deve já ter perdido o ‘BV’ para ser aceito(a) pela sociedade, bem como dar uma enorme festa de aniversário para todos que conhece.
Apenas quando jovens (ou mesmo adultos) aprendemos – por nós mesmos – que não é bem assim. Seus amigos podem se mostrar péssimas influências ou mesmo inimigos camuflados. E muitas vezes descobre-se isso tarde demais. A família, sendo ou não seu próprio sangue, pode recusar a participação no dia mais feliz da sua vida por pura birra. Seus namorados (ou seu namorado, no caso de ter tido apenas um) podem se mostrar as melhores companhias nas piores horas, enquanto o resto do mundo te deu as costas (sou do time que acredita que nenhum namoro é ruim, eles duram o tempo necessário para serem bons).
Animais de estimação são realmente os melhores antidepressivos que existem, mas infelizmente têm um prazo de validade de dez a quinze anos em média. Aliás, sabe quem me deu o ombro quando perdi minhas melhores amigas de quatro patas? Meus melhores amigos. Dois são meninos e estão comigo até hoje como tal, melhores amigos e nada mais.
Tive sorte aos 17, porque acredito ter escolhido minha profissão para a vida toda no terceiro ano do Ensino Médio. Mas nem todos têm essa sorte e acabam, na maioria das vezes, frustrados ao seguir os sonhos dos pais. Querem ‘ouvir’ um segredo? Há pessoas de 90 anos entrando – ou saindo – de faculdades neste exato momento. Não desencorajo ninguém a estudar, mas não há mal nenhum em estudar em cursinhos ou até mesmo por conta própria algum tempo antes de se decidir e ir para a faculdade que você realmente vai amar. 90% de chance de você ser feliz na futura profissão…
Aos 15, perdi meu ‘BV’. Me julgaram muito por isso, acharam que eu demorei (até mesmo meu pai disse isso). Mas quer saber? Não me arrependo. Acho que foi no momento certo, o garoto era gente boa e fiquei com ele por um bom tempo, o que acho melhor que beijar alguém em uma noite sem afeto, sem nem saber o nome da pessoa. Somado a isso, minha festa de aniversário foi na garagem da minha casa. O que ninguém diz é que a maioria de seus convidados não dão a mínima para você se sua festa comporta metade da sua cidade. A maioria provavelmente está ali para ver a decoração e experimentar a comida. Não tive valsa, não houve grandes discursos e muito menos um vestido-bolo. E eu amei. Porque sabia que quem estava aqui veio por mim.
O que eu quero dizer é que nem tudo realmente precisa ser como aprendemos desde crianças. A verdade é que a vida é uma mentira desde o momento em que nascemos. Esqueça a pressão social, seja você mesmo. A felicidade não é nada além de um estado de espírito, então faça o que te faz feliz!
Ah, se minhas professoras de redação lessem este texto… me matariam! Quantos jargões! Mas não deixam de ser verdade… e quer mais uma dessas verdades?! A vida é uma merda. É sério, é mesmo. E como disse uma amiga minha, se você não for forte o bastante não aguentará nem o primeiro baque. Só que somos seres pensantes perfeitamente capazes de fazê-la pelo menos aceitável.
O maior segredo (o que eu sigo): largar mão dessas pressões desnecessárias e simplesmente viver.
Por quê?
Porque, além de ser uma mentira…
A vida é curta!
Lari Pestana – 18/03/14