Comentários de leitores do romance “O santo de cicatriz”.

Amigo André Luiz Alvez

Eu deixei para te comunicar, não o recebimento, mas, minha singela opinião sobre tua obra.
Terminei ontem a leitura.
Foi um prazer imenso ler a tua bem escrita narrativa da história de São Damião, meio Santo e meio desventurado no amor. Tenhais certeza, o enredo do teu romance foi muito bem tramado, salvo se contas uma história que realmente aconteceu, pois, a vivi como se realidade fosse! O que não deixaria de ser também muito bem tramada pelo destino. Sei que tudo é fruto de tua fértil imaginação, gostei também do epílogo, com a providencial participação do mano do Santo de Cicatriz, e ainda mais da gota de lágrima dos olhos azuis, tu os descrevestes tão bem por diversas vezes, que eu sempre os visualizava durante o trancorrer da história. Lembrei-me de um épico do tempo da minha infância. De Emily Brontë, onde ela descreve a paixão que Heathcliff e Catherine viveram uma história bem diferente, unicamente pela diferença de cor. Teu romance possui a mesma dimensão de O Morro Dos Ventos Uivantes! Se um diretor americano de filmes pegar esta história punjante, a transforma no maior sucesso de bilheteria do século XXI. Disto, não tenho a menor dúvida, a história tem sabor de realidade, tua maneira de escrever é gostosa de ler, Creio que incrementaria mais a característica de mago e santo de São Damião, mudaria seu nome para um nome mais universal, isto, para o filme, o Livro continuaria o mesmo Livro, digo, o diretor americano.
Sabe meu amigo, tinha muito tempo que eu não lia um romance, já tenho 73 anos e deixei de ler romances, mas, este eu li com prazer. Fiquei fã do Elias, da trama do assasinato do Deodato, coisa de Aghata Christie ou Conan Doyle. O fino.

Vou retornar aos meus livros de filosofia, metafísica e ciência, com saudades do “agora” meu Santo de Cicatriz.
Os meus mais sinceros parabéns por esta obra de envergadura que escrevestes.  Sabe, só escrevo ensaios, portanto sou um ensaísta, portanto um meio escritor. Se possível, poste este e-mail no teu blog.
Fiquei com uma vontade danada de visitar Aquidauana.

Abraços fraternais

Vitória da Conquista, 12 de novembro de 2013

Edimilson Santos Silva Movér

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10/10/2013 02:20
Luigi Lunewalker
Olá.
Eu estive na apresentação que fez com o grupo no shopping Campo Grande. Eu fui um dos que ganhou o livro :>

Cara, terminei de ler. Demorei mais do que achei que demoraria, mas terminei.  Me senti na obrigação de dizer o que achei:
É genial! A história do personagem é muito bem escrita, as tramas e sub-tramas por dentro da história principal são geniais. Envolvente.  Me senti envolto de uma onda de nostalgia, como quando morava com meus pais e não tinha muito o que fazer no final da tarde, assistindo novelas pantaneiras. Foi uma ótima experiência ler “O Santo de Cicatriz”.
E o final é a melhor parte, onde estão explicadas todas as dúvidas que tinha enquanto a história se desenrolava. Foi no mínimo, um livro que eu desejava que fosse maior. Não queria que ele terminasse tão logo, o que deve explicar o motivo de eu ter demorado tanto para ler.

Bem, foi uma excelente leitura. Recomendarei para todos!

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Meu prezado André!

– Parabéns, amigo! Acabei a leitura de seu excelente “romance pantaneiro” e gostei muito! No meu modesto entender, trata-se de uma obra de fôlego, com personagens muito bem construídos e uma trama excelente! Merece um lugar de destaque na literatura local e nacional!
 Um grande e fraterno abraço,
Oswaldo B. de Almeida

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Amigo André, antes de tudo parabéns. Ontem terminei de ler o seu livro, você é muito bom. Você me escreveu antes, mas já estava pronto pra dizer isso a você, seu texto é magnífico, é enorme o seu talento, digo de coração.

Pedro Mattar
PlanejamentoRematPublicidades

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Caro André Luiz,

Meus parabéns pelo lançamento do seu livro “O santo de cicatriz”, pela qualidade da sua escrita.

Também gostei muito do evento, estava muito bonito. Parabéns!

Um abraço, Ismael Machado.

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Andre, vim te agradecer a delicadeza de me trazeres um exemplar de teu livro “O SANTO DE CICATRIZ”, estive sem internet, por isto fiquei incomunicável…. Sabes que sou uma leitora contumaz, amo livros. Comecei a ler e fui laçada pela trama, soubeste aguçar a curiosidade que uma boa estória desperta no leitor. Estou “degustando” o livro e, pelos preâmbulos sei que vou mergulhar na trajetória de São Damião, são poucos escritores que conseguem nos fazer visualizar os lugares e as personagens, parabéns pelas páginas que já li.
Grande abraço para ti e para a tua família.

Narrimann Rowena Stein

As Cigarras não cantam, encantam

O canto da cigarra não é um canto, é um chamado de amor, de sobrevivência, coisas que,quando meninos, não nos damos conta. Eu sei que elas ainda estão lá fora neste exato instante, mas o som não é mais o mesmo que aquele do passado, parece que hoje as cigarras cantam tentando cultivar o silêncio. Era diferente quando eu era criança. Ou então estou envelhecendo e perdendo o encantamento de menino e o que me resta é a saudade. Qualquer dia vai aparecer um desses meninos novos, cheios de idéias e coisas inovadoras, que, curioso por conhecer o antigo canto da cigarra, inventará uma máquina que nos faça viajar no tempo, só pra espiar, sentir novamente, sem poder modificar nada, apenas ver, rever, e talvez chorar de emoção. E enquanto chove lá fora, só mais uma vez vou invocar o passado – prometo -, embora um dos meus defeitos seja esquecer certas promessas que no fundo, bem lá no fundo, sei que não vou cumprir. 

Cigarra

Antes da mais nada, devo dizer que resolvi escrever sobre as cigarras apenas porque está chovendo e quando chove sinto isso, um não sei quê nostálgico que me leva aos poucos para o fundo do quintal da minha avó, no bairro guanandi, exatamente no ano de 1975, em não sei qual estação, provavelmente primavera, porque vejo os campos floridos e as folhas das arvores dançando com se estivessem vivas. Eu tinha dez anos, apenas dez anos, andava descalço, sem preocupações! O lugar não existe mais, porém, a chuva incessante faz a mágica de trazê-lo novamente diante de mim, no exato instante que, junto de alguns amigos, amarrava nas patas da cigarra um longo fio de linha de costura. Era um tempo que as cigarras faziam a festa da gurizada. Quando chove sinto isso, aquele cheiro inconfundível de terra molhada e casca de arvore escapando aos poucos pelos dedos, o entardecer de um bando de bichos alegres, zunindo nas galhadas enquanto o dia ia acabando aos poucos no horizonte. Hoje as cigarras são outras, com outros cantos. E não existem moleques em torno de árvores a girar o bicho pelo ar. Lembro sem muitos detalhes que existia na rua de baixo outro grupo de garotos. Não nos dávamos com eles, uma rixa que nasceu sem ninguém saber ao certo o motivo, mas pulsa na minha mente que aqueles garotos eram muito malvados, amarravam bombinhas de São João no rabo de vira-latas e acendiam pra ver o bicho fugir desesperado, e riam a cada estouro enquanto o pobre animal arranjava um jeito de respirar em meio à fumaça de pólvora. Perto disso, o que eu e meus amigos fazíamos com as cigarras, era inocente. Pobre bichinho. Hoje sei que a brincadeira era na verdade tortura, que o que nos encantava não era canto, mas sim chamado de acasalamento, o macho tentando atrair a fêmea, sem perceber que ali por perto andavam uns guris descalços prontos para traquinagens, então, ganhava aquele que amarrava a cigarra maior, do mais belo canto, das asas de zumbido maior, e girávamos, girávamos, fazendo o bicho cantar, gritos de desespero que aos nossos ouvidos infantis se tornava música de indecifrável prazer. E agora volto do quintal do passado, Lolinha, minha avó, ficou lá, acenando com aquele riso de bondade estampado no rosto, quase quarenta anos depois, vejo tudo mudado e um silêncio que apenas quer dizer que você, pobre cigarra, pode enfim se calar…Espero a próxima chuva, de preferência num desses dias de nada a fazer, e que o canto das cigarras chegue devagar, invadindo o ouvido, preenchendo a mente, trazendo o passado de coisas que insistem existir na nossa mente, num canto seguro chamado saudade.

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